João Guilherme, 25 anos, ama sua família e seus amigos. Tinha um bom emprego, que pagava suas contas e tudo mais. Era um idealista - eu disse “era” -, mas perdeu aquela visão romântica com o tempo. Conformou-se. Viveria sua vida da melhor maneira possível, e pronto.
Numa sexta-feira, fim de tarde, tudo mudaria bruscamente.Ele voltava do trabalho a pé, porque desistiu de encarar os engarrafamentos. O dia estava sonolento; as pessoas vinham e iam. Seriam mais 5min para chegar em casa. Começou a pensar: “O que farei sábado e domingo?”. Pensou na visita que faria a seus queridos pais e aos velhos amigos; talvez fosse a alguma festa.
Foi quando virava a última esquina, o inesperado aconteceu. Antes que terminasse o movimento, recuou. Um homem apontava uma arma para mãe e filho.
- Quero o dinheiro agora! - o assaltante berrava transtornado.
- Desculpe senhor, mas só temos duas passagens, leve elas se quiser... - a mulher disse amedrontada.
- Eu quero o dinheiro! - o homem insistia, aparentemente,sob efeito de alguma droga.
A mãe implorava pela vida do filho. O assaltante - antes vítima da desigualdade e injustiça social - tornava-se um carrasco em potencial. Ele não tinha nada a perder. João assistia a tudo; a questão é:agiria ou ficaria de “braços cruzados”?
- Mamãe a gente vai morrer? - o garotinho perguntava.
(continua...)
* foto,novamente, de algum lugar remoto da web
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