quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

O Escárnio em torno do Copo

A noite de verão que reserva uma sensação estranha; foi assim que John descreveu aquela noite estranha de verão. O óbvio do óbvio, mas o certo. Sentia-se como um copo que caiu no chão, quebrou e permaneceu ali. Parece ruim, aquela sensação de faltar um copo no armário, porém não é tão ruim assim. Aquele copo que caiu é mais um ciclo que se rompe no éter e no piso frio, proporcionando um choque, sim, mas também a possibilidade do novo. Naquela noite, John compreendeu que tudo é um copo caindo e transformando-se em cacos; é ciclo, tudo é ciclo. Utilizar o fato de um copo quebrado para explicar a vida parece absurdo, mas fez sentido para John. Tudo simples – por ser um copo -, trágico –por ser um copo de família: caro e insubtituível- e cômico – por toda essa divagação em torno de um copo. Gargalhou e pensou que escutaria muito por aquele copo espatifado. Gargalhou mais altoe,por fim, adormeceu.Estava louco e quem se importa?

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